A alfabetização é um dos processos mais importantes da vida escolar de uma pessoa. E assim como em todos os outros segmentos, durante a pandemia, precisamos adaptar nossa rotina porque o processo de alfabetização não pode parar!!!
Antes de começarmos a falar sobre como a professora do 1º Ano precisou reinventar suas aulas para conseguir dar continuidade ao processo de alfabetização dos alunos, vamos relembrar um pouco sobre “As fases da escrita”.
Quando a criança começa a ter contato com a leitura, logo passa a manifestar interesse por escrever. É isso mesmo, o processo de leitura é anterior ao de escrita. Por isso a contação de histórias é tão importante para o desenvolvimento infantil. E quanto mais lúdica e interativa for a maneira de contar as histórias, melhor!
Depois do encantamento pela leitura, a curiosidade de descobrir como as palavras são escritas provoca a construção de hipóteses pela criança. A modificação e evolução dessas hipóteses marcam as três fases de alfabetização.
Na fase pré-silábica, a escrita assume simbologias próprias, ainda distantes dos códigos da escrita formal. Mas, só é possível evoluir a partir dessas hipóteses representativas iniciais em relação à aplicação das letras do alfabeto, já conhecidas pelas crianças individualmente.
Na fase silábica, as hipóteses demonstradas por meio da escrita infantil já se aproximam mais da escrita formal. Porém, ainda não há o dimensionamento exato de quais os símbolos convencionais a serem utilizados para produzir sons específicos. Nessa fase, embora a criança ainda não escreva corretamente, já conseguimos identificar o que ela deseja escrever, ou seja, a codificação está mais próxima da escrita convencional.
Na última fase, a alfabética, a criança demonstra que já se apropriou da lógica sonora para a escrita das palavras e do conceito de sílabas. Descobre que é preciso usar mais de uma letra para representar determinado som. A partir da fase alfabética, as convenções e regras podem, gradativamente, ser trabalhadas para o desenvolvimento da escrita formal e gramaticalmente correta, segundo a norma culta da Língua Portuguesa.
De acordo com a professora Cynara Pelição, que é responsável pelas turmas do 1º Ano, na Unidade I, manter uma rotina de estudos, aproveitar os materiais disponíveis já produzidos, trabalhar o lúdico, propor atividades explorando diferentes linguagens e muita criatividade foram recursos utilizados em suas aulas que possibilitaram a continuidade do ciclo de alfabetização, apesar do distanciamento.
A resposta veio por meio de depoimentos, muitas fotos e vídeos que as famílias encaminham para o Colégio, das crianças felizes, estudando e de fato aprendendo! Mas, além desses registros, a professora Cynara, realizou com seus alunos uma sondagem, onde pode perceber que muitos já passaram de fase na escrita. Isso é motivo de muita felicidade para todos nós, pois comprova que apesar da pandemia, do distanciamento e essa significativa mudança na rotina de todos, os alunos estão apresentando excelente desempenho.
A professora Cynara ressalta ainda, que isso não seria possível sem a disponibilidade e o comprometimento das famílias, as quais não mediram esforços para estar conosco, nesse momento.
Vale lembrar que cada criança possui seu próprio ritmo de aprendizagem, pois cada pessoa tem uma história particular e única, formada por sua estrutura biológica, psicológica, social e cultural. Esse fato ocorre tanto no ambiente familiar quanto no escolar. Sendo assim, é muito importante respeitarmos o tempo de evolução próprio de cada aluno.
Aproveitamos para, mais uma vez, agradecer a dedicação da professora Cynara, de todos os outros professores do Colégio e das famílias que deram um show de parceria e comprometimento! Juntos, somos mais fortes, todos aprendemos em comunhão. E é essa comunhão que nos permite atingir as nossas metas. Felizes com o sucesso dos nossos pequenos grandes alunos!
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